segunda-feira, 9 de abril de 2012

Final Fantasy XIII-2 Análise


Final Fantasy XIII-2 encontra-se disponível para a PS3 e para a XBOX360 desde Fevereiro, no entanto inúmeros jogadores ainda se encontram indecisos quanto à compra do mesmo principalmente por terem receio de que este jogo seja como o XIII, linear. Se és um desses então todas as tuas dúvidas serão esclarecidas na análise que se segue.



História


  A história tem inicio três anos após os eventos de Final Fantasy XIII.
 Serah encontra-se a viver em Bodhum, uma pequena ilha, onde Lighting e Snow também viviam antigamente. Antigamente pois Lighting encontra-se desaparecida desde há três anos enquanto que Snow partiu em sua busca. 
 Os restantes nomeadamente Hope e Sazh, pois Fang e Vanille voltaram a forma de cristal e encontram-se outra vez a proteger o pilar do ninho, seguiram as suas vidas deixando para trás os demais.
 Sendo assim tudo começa quando Serah tem um sonho no qual Lighting encontra-se a combater Caius ( o antagonista deste jogo)  e no meio do mesmo surge Noel, ao qual Lighting pede que viaje no tempo e que traga a sua irmã até aquele sitio pois afirma que ela é a única esperança para salvar o Mundo. Basicamente este sonho corresponde nada mais nada menos do que à parte inicial do jogo na qual assumimos o controlo da Lighting.
 Sem entrar em mais pormenores o grande objectivo de Serah e de Noel na história será sem dúvida alguma chegar à época onde se encontra Lighting e mudar o futuro pois Noel apesar de viajar até à época de Serah, não faz a mínima ideia de como regressar a Valhalla, local onde Lighting encontra-se a lutar com Caius. Apenas sabe que existem vários portais espalhados pelas várias cidades, que   esses portais são abertos com certos fragmentos que se encontram algures espalhados pelos demais locais, que esses portais podem os levar a qualquer época e que a única maneira de chegarem a Valhala é irem utilizando portais até terem a sorte de chegar ao destino que tanto anseiam.






 Pode parecer algo confusa ou mesmo estranha a história ao princípio pois o jogador permanece constantemente com várias dúvidas e cada vez mais com questões por responder no entanto com o desenrolar da trama e à medida que se aproximam do final tudo começa a tornar-se mais claro ou pelo menos assim parece pois o final do jogo é completamente aberto sendo que é inevitável a existência de pelo menos um DLC que continue a história, já que esta ao terminarem o jogo mostra-se claramente incompleta. Ainda assim essa falta de conclusão faz com que o final do jogo seja na mesma agradável pois sem dúvida alguma o mesmo desperta uma enorme vontade de saber o que irá acontecer a seguir.
 Concluindo, a história apesar de ser bem mais simples do que a de Final Fantasy XIII e de algumas partes terem sido exploradas de  forma incorrecta o que prejudica a qualidade da mesma, cumpre bastante bem o seu papel não por apresentar um excelente conteúdo mas sim por as personagens do jogo no geral serem muito carismáticas, pelo antagonista ser simplesmente um dos melhores de sempre num videojogo e por ter algumas reviravoltas principalmente no final que não são nada esperadas e que a tornam até bem interessante.


Som

  
 Com uma banda sonora de enorme qualidade, à excepção de um ou dois temas que eram completamente dispensáveis já que não apresentam nenhuma qualidade, e com vozes excelentes Final Fantasy XIII-2 em termos sonoros encontram-se num patamar elevadíssimo.



Gráficos 

  
 A nível de gráficos sem dúvida que estamos perante um dos melhores jogos desta geração. Com cenários bem coloridos com paisagens bastante gratificantes, personagens muito bem feitas e uma atmosfera excelente é impossível não ficar deslumbrado com a qualidade gráfica do mesmo. Ainda que a maior parte do mérito vá  para as cenas de corte, já que estas são capazes de rivalizar jogos como Uncharted devido a sua enorme qualidade gráfica.



Jogabilidade
  
 É neste aspecto que Final Fantasy XIII-2 realmente se destaca do seu antecessor apresentando uma jogabilidade mais diversificada e mais envolvente do que a de Final Fantasy XIII e uma liberdade muito maior, sendo que o destaque vai mesmo para a liberdade pois agora para além de seguirmos a história principal temos ao nosso dispor inúmeras missões secundárias que implicam na maior parte das vezes que façamos viagens no tempo a épocas que não necessitamos de ir para seguir a história principal e que se destinam apenas a serem exploradas. No entanto e para acedermos a essas épocas precisamos de entrar em certos portais e para abrirmos esses portais necessitamos de certos fragmentos. Os fragmentos que servem para abrir portais relevantes para a história são conseguidos durante a mesma, os  demais estão escondidos algures e servem apenas para acumularem e trocarem-nos por habilidades especiais, à excepção dos fragmentos especiais que são dez e que são utilizados para acederem às tais épocas às quais não irão aceder durante a trama principal. Ao todo são 160 fragmentos por isso para aqueles que gostam de explorar sem dúvida alguma que se sentirão reconfortáveis com esta liberdade.


 Relativamente ao sistema de combate este continua bastante semelhante ao de Final Fantasy XIII, ou seja, tem 6 classes diferentes ( Commando: ataques físicos, Ravager: magia, Saboteur: enfraquecer os inimigos, Synergist: atribuir benefícios aos aliados tornando-os mais fortes , Sentinel: proteger os aliados atraindo todas as atenções a si mesmo, Medic: curar os aliados) que podem combinar das mais diversas formas de modo a abordarem os mais variados inimigos sendo que a grande diferença vai para o facto de neste jogo apenas controlarmos duas personagens em combate: Serah e Noel. No entanto um Final Fantasy com apenas duas personagens seria muito difícil e é por isso que foi introduzido uma opção bastante interessante e que aumenta em muito a variedade do jogo, que consiste em recrutar monstros para a vossa equipa. Basicamente ao travarem uma luta com determinados monstros se os vencerem e obterem cinco estrelas na batalha o monstro poderá ser utilizado a partir daí na vossa equipa, mas o que não pode ser esquecido é que nem todos os monstros tem a mesma função, ou seja, uns são Ravager, outros Commando e por aí fora sendo que os mesmos à semelhança das personagens podem evoluir ficando ainda mais fortes. E por falar em evoluir, o Cristarium de Final Fantasy XIII retoma no entanto com algumas diferenças o que de certa  forma facilita em muito a evolução das personagens, pois agora o Cristarium encontra-se dividido em 6 partes (sem existir aquela complicação toda de o cristal expandir-se) , cada uma destinada a uma diferente classe o que faz com que quando queiram evoluir apenas a vossa personagem a nível de magias possam gastar os vossos pontos ( que são conseguidos após cada batalha sendo que quanto  maior for a vossa classificação na mesma maior será o número de pontos que obterão) apenas nessa secção e não nas demais. Outro aspecto acerca do Cristarium é que ao gastarem pontos numa  determinada classe evoluem nessa classe do nível 1 para o nível 2 sendo que sempre que o fizerem evoluíram um nível até chegarem ao nível 99 que é o nível máximo em cada classe e que com um pouco de esforço é relativamente fácil de chegarem.


Quatro outras novidades presentes neste jogo são o facto de termos puzzles ao longo da aventura, algo que não acontecia no XIII; de termos ao nosso dispor uma pequena criatura ( Moogle) que nos ajudará a aceder a áreas as quais não conseguimos aceder e a encontrar objectos nomeadamente fragmentos; de podermos escolher em várias partes da história entre 4 opções de diálogo o que é uma mais valia ao jogo mas não muda em nada a história; e  a termos nove finais alternativos para desbloquear a seguir a completarmos o jogo. A seguir a terminarmos o jogo pois só aí é que teremos um objecto que se equiparmos fará com que certos acontecimentos na história mudem, como por exemplo, num boss do jogo não ser necessário derrotá-lo pois ele é demasiado forte e agora com o objecto já ser possível.
 Por fim relativamente aos defeitos presentes na jogabilidade os únicos que se podem apontar são o facto de a câmara às vezes em conversa com algumas pessoas ficar fixa e nem sempre isso resultar muito bem e o sistema de combate apesar de ser excelente ser por turnos o que pode cansar algumas pessoas ainda que o mesmo até seja bastante variado.














Pontos Fortes

Grafismo de luxo
- Som excelente

- Sistema de combate complexo e com grande qualidade

- Exploração é muito bem vinda

- Sistema de diálogos com escolhas é uma mais valia 

- Caius cumpre muito bem o seu papel como Antagonista

- Serah consegue aguentar o protagonismo ainda que seja incapaz de rivalizar com Lighting

- Final impressionante




Pontos Fracos




- História podia ser mais complexa

- Algumas escolhas na história não foram as melhores

- Uma ou duas músicas eram desnecessárias pois não apresentam nenhuma qualidade

- Sistema de combate pode tornar-se chato para algumas pessoas por ser de turnos

- A câmara por vezes não resulta muito bem em alguns diálogos





Verídico


História: 8.7 ( Uma história de qualidade com vários momentos épicos mas que ainda assim peca em algumas partes principalmente pela ideia de viagens no tempo não ter sido explorada da melhor forma)

Som: 9.5 ( Vozes excelentes e música de enorme qualidade constituem Final Fantasy XIII-2)


Gráficos: 9.8 ( Simplesmente espectaculares!)


Jogabilidade: 9.0 ( Sistema de combate de qualidade, exploração, puzzles, opções de escolha de diálogos, missões secundárias viciantes tornam esta experiência muito variada e empolgante)


Nota Final: 9.1 ( Final Fantasy XIII-2 possui alguns defeitos bem visíveis mais ainda assim é sem dúvida alguma superior ao seu antecessor sendo uma experiência muito recomendada e que agradará à maior parte dos fãs tanto de Final Fantasy XIII como da série em geral. Por isso se ainda não jogaste de que é que estás à espera?)




Escrito por: Leandro Baptista

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